As doenças orbitais podem, ou não, manifestar-se de forma grave. Então, cuidar da visão é essencial! Dizem que “os olhos são a janela da alma”. E , efetivamente, eles são. A visão é uma “ferramenta poderosa” do nosso corpo, capaz de registrar tudo que está ao nosso alcance. E se ela começa a apresentar dificuldade para isso? Se não pudermos enxergar o que está à nossa volta, trocar olhares com quem amamos, admirar a natureza e a arte, por exemplo, como seria?
Em razão disso, torna-se fundamental o acompanhamento de um oftalmologista. Através de consultas e exames oftalmológicos, ele poderá identificar e tratar algumas doenças orbitais mais severas e preocupantes as quais, inclusive, podem causar cegueira.
VOCÊ QUER CONHECER ALGUMAS DOENÇAS ORBITAIS SEVERAS?
Glioma do nervo óptico
Gliomas são tumores que crescem em várias partes do cérebro e que podem afetar um ou ambos os nervos ópticos, os quais transportam informações visuais para o cérebro ou, ainda, atingir o quiasma óptico, a área onde os nervos ópticos se cruzam na frente do hipotálamo do cérebro.
Os gliomas ópticos são raros e de causa desconhecida. A maioria deles tem crescimento lento e não é cancerosa ( benigno ). Costuma ocorrer em crianças, mais frequentemente antes dos 20 anos de idade. Em geral, os casos são diagnosticados aos 5 anos de idade.
Entre os sintomas pode-se incluir: movimento involuntário do globo ocular, um ou ambos os olhos salientes, estrabismo, perda de visão e, eventualmente, pode levar à cegueira.
O tratamento depende do tamanho do tumor e do estado geral de saúde da pessoa. O objetivo pode ser curar o distúrbio, aliviar os sintomas ou melhorar a visão e o bem-estar.Em alguns casos, a indicação pode ser ou a remoção cirúrgica ou a quimioterapia ou, ainda, a radioterapia. Esta última não costuma ser indicada para crianças devido aos efeitos colaterais.
Celulite Orbitária
Celulite orbital é a infecção que afeta o tecido dentro da órbita e em volta e atrás do olho. Costuma ser mais comum em crianças. Em geral, tem como causa uma infecção que se alastrou para a órbita vindo dos seios em volta do nariz , mas também pode se originar de uma infecção dos dentes ou da corrente sanguínea. Uma mordida de animal ou picada de inseto, ou alguma outra ferida nas pálpebras também pode disseminar uma infecção e levar à celulite orbital.
Deve-se considerar que esta é uma das doenças orbitais mais rara e perigosa. Se não tratada adequadamente, pode levar à cegueira ou a outros tipos de doenças como a meningite, por exemplo.
Os sintomas incluem: olho saliente, sensibilidade, vermelhidão, calor, inchaço na pálpebra, dor, coceira, febre baixa, olhos lacrimejantes, visão embaçada ou diminuída.
Rabdomiossarcoma
O Rabdomiossarcoma é o tumor maligno primário da órbita mais frequente na criança. Normalmente ocorre na primeira década de vida ( idade média de 8 anos).Se sua localização é posterior, provoca proptose; se for anterior e superior, provoca ptose.
Seu crescimento é muito rápido, frequentemente verificado após traumatismo, mas sem relação com ele. Pelo aspecto, não raro é confundido com um processo infeccioso da órbita (celulite), mas sem outros sinais inflamatórios, como a febre e a dor.
O tratamento é multidisciplinar, e deve ser realizado com maior brevidade possível. Pode englobar cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A remoção cirúrgica completa é difícil, pois o tumor não é encapsulado, e pode envolver estruturas orbitárias (músculos, nervo óptico, etc.).
Linfoma Intraocular
O linfoma intraocular é um tipo de câncer que pode se desenvolver na própria região do olho, ou ser uma evolução da doença que se infiltrou no local. Entretanto, o mais comum é se desenvolver no olho. Adultos e idosos têm maior chance de desenvolver esse tipo de câncer.
Os sinais costumam ser alterações visuais, pressão no olho, sensibilidade à luz, vermelhidão ou inchaço local.
De forma geral, o tratamento pode variar de acordo com a agressividade do tumor e não são diferentes dos demais casos de câncer. Entretanto, os linfomas oculares têm grande probabilidade de cura com terapias não muito agressivas.
Embora a apresentação visual e a descrição de muitas destas patologias sejam assustadoras, a melhor forma de enfrentá-las é através da prevenção e da consulta médica regular. Somente o médico oftalmologista será capaz de diagnosticar e tratar adequadamente as mesmas. Além disso, é claro, de oferecer tranquilidade quanto aos procedimentos necessários para cada caso.