Todos já sabemos que o envelhecimento vem acompanhado de algumas condições naturais para o ser humano, são mudanças físicas, psicológicas e até sociais. Entre elas pode-se citar a perda da firmeza e elasticidade da pele, a dificuldade de locomoção, a diminuição da massa muscular, a perda auditiva e a visão reduzida, por exemplo. Esta última, caracterizada pela opacidade do cristalino do olho, o que se conhece por Catarata.
Afinal, o que é a catarata? Esta é uma doença muito comum entre as pessoas que estão na terceira idade, costuma acometer pessoas acima de 60 anos de idade. Caracteriza-se pela opacidade do cristalino dos olhos (lente natural) que, com o passar do tempo, vai perdendo a transparência e interferindo na visão. Um de seus sintomas, por exemplo, é a visão nublada, o que faz com que se torne mais difícil realizar tarefas como ler, escrever e dirigir.
A catarata faz com que a pessoa vá perdendo a visão aos poucos, lentamente. Como consequência, em seu quadro mais grave, é capaz de provocar a cegueira. Por isso, estar constantemente em acompanhamento com oftalmologista e prevenir-se desta e de outras doenças oculares são os melhores tratamentos.
OS DIFERENTES TIPOS DE CATARATA
A catarata pode afetar cada pessoa de forma diferente, pois suas causas também são variadas. Então existem 5 tipos da enfermidade.
TIPO COMUM DE CATARATA
1. Catarata relacionada à idade: conhecida também como catarata senil, é a que se desenvolve em razão do envelhecimento. Ela divide-se em três categorias:
- catarata nuclear: forma-se no centro da lente e deixa o núcleo do olho opaco ou turvo. Percebe-se sobretudo pela mudança da coloração do cristalino, que se torna amarelado e, com a progressão da doença, acinzentado. Esse tipo está associado à miopia inicial por hidratação e à perda da diferenciação de cores (perda de contraste);
- catarata cortical: aparece nas bordas do cristalino e costuma ser bem comum, por exemplo, em pessoas idosas portadoras de diabetes;
- catarata subcapsular posterior: Localiza-se atrás do cristalino. Surge mais rápido que os outros dois tipos. Dificulta enxergar sob luz forte e, além disso, a visão de perto costuma ser mais afetada do que a visão de longe.
TIPOS DE CATARATA INCOMUNS
2. Catarata congênita: este é o tipo de catarata menos comum em comparação com a senil, pois aparece em alguns bebês já no nascimento ou durante os seus primeiros meses. Tem como causa uma infecção adquirida pela mãe ou o abuso de álcool e de outras drogas ilícitas durante a gravidez. Nem sempre apresenta sintomas, mas pode ser removida caso afete a visão da criança;
3. Catarata secundária: relaciona-se ao uso de medicamentos ou a doenças, especialmente diabetes e glaucoma. Pode levar à cegueira, uma vez que não haja tratamento;
4. Catarata traumática: surge após algum tipo de lesão no olho, ocasionada por algum trauma, como acidentes de automóveis, por exemplo. Diferente das demais, pode levar anos para que apareça;
5. Catarata de radiação: este tipo é ocasionado quando o paciente passa por algum procedimento ou tratamento que envolve radiação, assim como a quimioterapia e a radioterapia para tratar pacientes com câncer.
QUAIS SÃO AS CAUSAS DA OPACIDADE DO CRISTALINO?
Embora cada tipo de catarata tenha sua causa e seus fatores de risco, alguns são mais comuns:
- idade, especialmente acima dos 60 anos;
- diabetes;
- doenças oculares como o glaucoma;
- tabagismo;
- exposição exagerada à luz sem proteção;
- traumas na região do olho;
- inflamações oculares;
- uso exagerado de colírios corticoides;
- uso prolongado de medicamentos esteroides;
- pressão arterial descontrolada;
- miopia com grau elevado;
- histórico familiar.
É POSSÍVEL IDENTIFICAR A CATARATA?
Durante a consulta, o médico oftalmologista dará o diagnóstico da doença. Para isso, fará alguns questionamentos ao paciente sobre seu histórico familiar e algum tipo de sintoma que o mesmo perceba. Além disso, solicitará exames do globo ocular. Entre os exames solicitados estão, por exemplo, o de lâmpada de fenda, o teste de acuidade visual, a oftalmoscopia, o exame de retina e a tonometria.
No caso de notar qualquer sintoma, é importante marcar uma consulta com o oftalmologista.