Muitas pessoas têm dúvida sobre como tratar a catarata ocular. Especialmente, se a única forma é a cirúrgica. Infelizmente, ainda hoje, esta é a única alternativa eficaz para revertê-la, apesar de todo progresso científico e tecnológico que temos presenciado na área da saúde ocular. Não há nenhum tratamento medicamentoso ou terapia alternativa que possa remover a opacificação do cristalino. Entretanto, com alguns cuidados no dia a dia, podemos ao menos retardar o seu surgimento.
CATARATA OCULAR E ENVELHECIMENTO
A catarata ocular é uma condição ocular comum em idosos, e o envelhecimento é o principal fator de risco para seu desenvolvimento. Conforme envelhecemos, as proteínas no cristalino (a lente natural do olho) podem se degenerar e se acumular, tornando o cristalino opaco e turvo. A maioria dos casos desenvolve-se lentamente ao longo de anos.
Além disso, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento de catarata em pessoas mais velhas, como exposição prolongada à luz solar, tabagismo, consumo excessivo de álcool, diabetes, hipertensão, uso de medicamentos esteroides e doenças oculares pré-existentes.
Embora a catarata seja comum em idosos, ela não deve ser considerada uma parte inevitável do processo de envelhecimento. Ainda assim, à medida que a expectativa de vida aumenta, o número de pessoas com catarata também aumenta. Por isso, é importante que os idosos monitorem regularmente sua saúde ocular e procurem atendimento oftalmológico se notarem qualquer alteração em sua visão.
CATARATA OCULAR EM CRIANÇAS
Engana-se quem pensa que essa doença ocular acomete apenas idosos, ainda que sua maior incidência seja em adultos. Ela também pode acontecer com crianças. A catarata congênita, como é conhecida, pode se manifestar desde o nascimento do bebê ou ser desenvolvida ao longo da infância.
A catarata congênita não apresenta uma causa específica, além disso pode acometer um ou ambos os olhos. Existem diferentes fatores que podem contribuir para o seu surgimento em crianças. Entre as principais causas estão as hereditárias, os distúrbios na gravidez e as infecções intra-uterinas, como rubéola, herpes e toxoplasmose.
O tratamento da catarata em crianças dependerá da gravidade da doença e da idade do paciente. Geralmente, não há necessidade de intervenção cirúrgica quando atinge apenas um dos olhos (catarata parcial). Nesse caso, o uso de colírios e medicamentos costumam ser receitados pelo médico. Entretanto, em alguns casos mais graves, a cirurgia para a substituição do cristalino é recomendada .
Porém, vale salientar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a catarata congênita é uma das principais causas da cegueira infantil, ainda que passível de prevenção. Daí a importância de realizar consultas oftalmológicas regulares desde o nascimento do bebê, estendendo-se por toda vida.
SINTOMAS DA CATARATA
O principal sintoma da doença, com certeza, é o embaçamento do cristalino, devido à dificuldade dos raios luminosos em alcançar a retina, local onde ficam os receptores fotossensíveis da nossa visão.
Porém, existem outros sinais que podem ser detectados pelos pacientes, como: dor nos olhos, enxergar brilhos e halos, enxergar vultos, vista nebulosa, vista opaca, sensibilidade à luz. Alguns destes, também podem indicar o progresso da doença ocular.
Já para a catarata congênita, considera-se como principal sintoma a pupila esbranquiçada (leucocoria), que pode aparecer logo no nascimento ou levar alguns meses para se manifestar. Neste caso, há maior gravidade.
TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA A CATARATA
A cirurgia de catarata é uma opção eficaz para melhorar a visão afetada pela catarata e ajudar as pessoas a continuar desfrutando de uma boa qualidade de vida. Este é um procedimento comum, seguro e eficaz, no qual se remove o cristalino opaco e se implanta uma lente artificial. O tratamento cirúrgico, com técnicas mais modernas permite que a maioria dos pacientes retorne às suas atividades normais em questão de dias após a realização da cirurgia.
No entanto, existem algumas medidas que podem ajudar a retardar o desenvolvimento da catarata, incluindo:
- Usar óculos de sol com proteção contra raios ultravioleta (UV) para reduzir a exposição aos raios UV, que podem acelerar o processo de formação da doença;
- Ter uma alimentação saudável, rica em antioxidantes, que podem ajudar a proteger os olhos contra o dano celular;
- Parar de fumar, pois o tabagismo pode aumentar o risco de catarata;
- Controlar doenças como diabetes e hipertensão, os quais também podem aumentar o risco de desenvolver a catarata ocular.