O Melanoma é um tumor maligno que surge na pálpebra, embora raro, e que atinge com maior frequência os adultos com pele clara, em zonas expostas à radiação ultravioleta da luz solar. Vale destacar que será considerado câncer apenas nessa condição. Sendo assim, o crescimento das células acontece de forma mais rápida, desorganizada e pode atingir outros tecidos, formando as metástases.
Em geral, surge como lesão primária, extensão de melanoma da conjuntiva, ou metástase à distância. Suas características não se afastam das que se apresentam em outros melanomas cutâneos. O próprio paciente é capaz de identificá-lo ao olhar-se no espelho ou por meio do toque. No entanto, o diagnóstico do melanoma maligno deve ser feito pelo médico de família, pelo dermatologista, pelo cirurgião plástico ou pelo oftalmologista.
O tratamento é importante que seja realizado por médico oftalmologista familiarizado com este tipo de tumores, uma vez que as pálpebras são as principais estruturas de proteção do globo ocular.
ORIGEM E SINTOMAS DE MELANOMA MALIGNO
Entre os fatores que favorecem o aparecimento de melanomas malignos estão, por exemplo, a idade avançada, a coloração da pele e o sexo. Em adultos com pele clara, o tumor palpebral é 20 vezes mais frequente em homens.
Além da radiação solar, também podem contribuir para o seu surgimento a resposta imunitária e a exposição a certos agentes carcinogênicos, como o Raios X ou a inflamação crônica das pálpebras. Em geral, os tumores malignos costumam aparecer na pálpebra inferior.
Apesar de poderem ser assintomáticos e muitas vezes indolores, os tumores palpebrais, o principal sintoma do melanoma maligno é o aparecimento de um caroço, uma verruga ou uma elevação na região, que pode ser visível e tangível.
Importante ficar atento, também, à formação de um nódulo, pigmentado ou não, com ou sem ulceração, bem como a fatores como irritação sobre a córnea, lacrimejamento, perda de cílios, distorção da margem palpebral, mudança na cor e textura da pele, sangramento, inchaço, feridas que não cicatrizam, terçol que não melhora e inflamação da pálpebra.
CLASSIFICAÇÕES DOS TUMORES MALIGNOS
Os melanomas podem ser classificados em diversos tipos e todos precisam de acompanhamento regular para que não comprometam as estruturas do olho.
Entre os principais estão:
Queratoacantoma ou ceratoacantoma : lesão maligna de pele pouco agressiva, caracterizada por ser elevada e com ulceração central. Cresce muito rápido, podendo atingir de 1 a 2 cm em semanas;
Carcinoma basocelular: é o melanoma de pálpebra mais comum , um tipo de câncer de pele. Em geral, surge na pálpebra inferior em forma de ferida e pode causar, como consequência, a perda de cílios. Dificilmente evolui para metástase;
Carcinoma sebáceo: é um tipo de câncer raro, muito grave. Origina-se das glândulas gordurosas da pálpebra. Para seu diagnóstico precisa-se realizar um teste específico. Além disso, a exposição à radiação solar também pode estar associada ao seu surgimento;
Melanoma e carcinoma espinocelular: tais tipos de cânceres são graves e podem gerar risco de vida para o paciente. Costumam invadir as estruturas ao redor dos olhos e gerarem metástases. O melanoma tem cor escura , e o carcinoma, a cor da pele normal.
TRATAMENTOS PARA TUMORES DE PÁLPEBRAS
Os tipos de tratamento variam conforme o tipo, a localização e a extensão do tumor. Em razão disso, podem incluir a cirurgia, a radioterapia, a crioterapia, entre outros. Importante destacar que os melanomas palpebrais raramente representam risco à vida do paciente. Apenas alguns geram metástases e podem lesar alguns órgãos vitais.
Por outro lado, seu crescimento local é capaz de provocar a perda da função visual do olho e gerar grandes defeitos faciais no caso de serem excisados. Em geral, se o tratamento envolve cirurgia, ela deve ser o mais radical possível, considerando uma margem de segurança de acordo com o tipo de tumor.
A preocupação é a cura e não a estética, embora a realização da reconstrução de pálpebra seja mais fácil se o defeito resultante da cirurgia for menor. Daí a necessidade de buscar um oftalmologista assim que notar algum sinal diferente nas pálpebras. Atualmente, tratamentos dos tumores palpebrais oferecem uma taxa de cura de mais de 95% dos casos.
Para os casos em que a cirurgia não tenha sido suficiente, uma equipe formada por oftalmologista e oncologista fará a prescrição da terapia adicional de radiação ou quimioterapia.
O melanoma maligno, assim como outros tumores, necessita de atenção e de acompanhamento por um profissional qualificado para o diagnóstico completo. Quando isso acontece de forma tardia, mais difícil se torna o tratamento. Por isso, consultas regulares ao oftalmologista são fundamentais, para verificar como está a saúde do seu olho e da sua pálpebra.